O SINDIPÁN participou ativamente da organização e execução da grande manifestação que aconteceu na manhã de hoje no centro de nossa cidade. A garoa fina que caia não conseguiu afugentar os manifestantes que, com muita garra e disposição, apresentaram sua pauta de reivindicações. Membros da direção de nossa entidade como o combativo presidente Valdir Manoel, usou o microfone para chamar a atenção de nossas autoridades públicas para as grandes dificuldades que a classe trabalhadora vem sendo obrigada a enfrentar em seus postos de trabalho. Afora o déficit salarial e a flexibilização de direitos constitucionalmente garantidos, ainda precisamos conviver com os desvios de verba pública e falta de atenção dada aos setores básicos da sociedade, como educação, saúde e segurança. O SINDIPAN parabeniza todos os presentes pela grande manifestação.
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Reunião de Diretoria.
No
próximo dia (30/08/2013), a direção de SINDIPAN
realizará mais uma importante reunião para debater uma série de temas que são
de interesse de nossa categoria. Diante das atuais adversidades que a classe
trabalhadora vem enfrentando e dos problemas de ordem política e econômica que
envolve a administração pública dos nossos municípios, faz-se necessário uma análise
do atual contexto para que possamos estabelecer os objetivos de nossas futuras
ações. SINDIPAN, UM SINDICATO DE LUTA!
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Encontro da CTB REGIONAL.
Foi decido em reunião realizada na tarde de
ontem (26/08/2013), na sede do SINSERV, pela célula da CTB-REGIONAL,composta pelas mais representativas entidades sindicais de
Jequié e Região, que a classe trabalhadora será convocada para participar da
grande paralisação nacional que acontecerá no próximo dia (30/08/2013). Em
Jequié, a concentração será na Praça Ruy Barbosa a partir das 08h00minh e
contará com o apoio logístico de todas as entidades sindicais da cidade, entre
as quais o SINSERV, SIND-ACS/ACE, SINDIPAN, APLB, SINDICATO DOS
BANCÁRIOS e SINDICATO
DOS TRABALHADORES RURAIS. A pauta de
reivindicações da classe trabalhadora é bastante ampla. Contudo, a nossa
contrariedade diante da proposta de regulamentação da terceirização, contida no
relatório final do deputado Arthur Maia do (PMDB). O projeto tramita em fase
final na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara e precisa
ser veementemente combatido pela classe trabalhadora.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Lideranças políticas e sindicais prestigiam abertura do 3º Congresso da CTB
Milhares de delegados e delegadas vindos de todo o país acompanharam com atenção a cerimônia de abertura do 3º Congresso Nacional da CTB, realizada no início da noite desta quinta-feira (22), na cidade de São Paulo. Além de toda a Direção Executiva da Central, participaram do ato diversas lideranças políticas, sociais e do movimento sindical brasileiro.
Roberto Amaral, vice-presidente nacional do PSB, foi o primeiro dos oradores: “Diante da crise atual, os trabalhadores não podem ficar silenciados, pois somos os principais afetados por ela”, afirmou. Orlando Silva, vereador pelo PCdoB, em São Paulo, disse que o Congresso tem papel chave no momento atual. “Quem acordou no mês de junho é muito bem-vindo para continuar nas ruas. A CTB tem o papel de unificar o movimento sindical e os movimentos sociais para garantir mais avanços aos trabalhadores”, disse.
Alberto Broch, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), também se referiu à atual conjuntura política: “A CTB foi fundada há menos de seis anos, mas já conta com uma expressão muito especial pelo Brasil todo. O momento é oportuno para avançarmos”, afirmou o sindicalista.
Gilmar Mauro, dirigente do MST, disse que o “debate sobre a reforma agrária tem que chegar a toda a sociedade. A CTB faz parte desse esforço”. Virginia Barros, presidenta da UNE, destacou que o “povo foi às ruas porque temos um sistema político limitado”. Já a vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão, ressaltou que o “movimento sindical é fundamental para o novo projeto que estamos construindo para o Brasil”.
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Valdir Manoel participará de Congresso Nacional da CTB.
Tudo
pronto para o 3º Congresso Nacional da CTB, que ocorre nos dias 22, 23 e 24 de
agosto no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo e contará com a
participação de cerca de 1,5 mil delegados de todo o país. O congresso
debaterá diversos temas relacionados ao mundo do trabalho, no contexto nacional
e internacional, e também elegerá a nova diretoria para a próxima gestão
(2013-2017). O combativo presidente do SINDIPAN, Valdir Manoel, será
o representante de nossa categoria no mais importante evento do gênero em nosso
país.
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Reunião de Núcleo da CTB Regional.
Aconteceu na tarde de hoje
(19/08/2013), na sede do SINDIPAN, mais
uma importante reunião entre as lideranças sindicais que compõe o núcleo da CTB-REGIONAL. Diversos assuntos foram
abardados, entre os quais, destacamos o caos da administração pública do
município de Jequié e a falta de sensibilidade e de compromisso do setor
patronal no sentido de assegura e promover os direitos da classe trabalhadora. As
recentes contratações terceirizadas realizadas pelo governo municipal sem a
realização de licitação e a falta de investimentos em áreas cruciais como
educação e saúde, norteou o debate. Na oportunidade, o presidente do SINDIPAN, Valdir
Manoel, com a sua habitual capacidade argumentativa, fez uma breve explanação acerca
da conjuntura politica do nosso município e do papel das entidades sindicais no
processo de construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Valdir também
fez questão de salientar a fundamental importância das lideranças sindicais no
sentido de fiscalizar as ações dos nossos governantes, tendo em vista que o
legislativo tem deixado muito a desejar. Nós, do SINDIPAN, agradecemos todos os camaradas que compareceram, na
certeza de que o debate foi bastante proveitoso para todos os presentes.
Possibilidade de implantação de porto seco em Jequié estará em discussão
O secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa,
antecipou em entrevista ao programa Jequié Urgente (93 FM), na manhã de
segunda-feira (19/8), que em data a ser ainda confirmada será promovida uma
reunião em Jequié [em data e local a serem definidos] com dirigentes da
Valec e o empresariado, para discutir a implantação de um porto seco vinculado
à Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), para o embarque de produtos na
cidade. Rui Costa, explicou que a localização geográfica de Jequié, ponto de
interligação da ferrovia com a BR-116, coloca o município em condições
potenciais para instalação do porto seco. A Medida Provisória (PM 613) recebeu
a inclusão por parte do senador Walter Pinheiro (PT-BA), da destinação de
R$ 3 bilhões de reais para os municípios e a proposta de novo modelo de
regulação dos portos secos. A ajuda financeira de R$ 3 bilhões será
transferida em duas parcelas (agosto/13 e abril/14) e servirá para incentivar a
melhoria da qualidade dos serviços públicos municipais. O novo modelo de regulação
dos chamados portos secos estava prevista na MP 612, que perdeu a validade no
início de agosto, e passa a compor a MP 613. Os portos secos funcionam como
armazéns de produtos e mercadorias, importadas ou destinadas à exportação.
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Carteira de Trabalho: Defenda seus Direitos!
A carteira de trabalho é um dos documentos
mais importantes para o pleno exercício da cidadania
A informalidade é sem
dúvida alguma um dos principais problemas do País. Ela amplia a exclusão social
e enfraquece a luta dos sindicatos, pois a condição básica para alguém
tornar-se sócio é possuir Carteira de Trabalho registrada.
Um informal, além de não
ter um registro que documente sua identidade de trabalhador e seu histórico
profissional, sobrevive sem qualquer representação sindical, sem o amparo da
CLT, dos direitos trabalhistas, dos acordos coletivos, da previdência e da
justiça do trabalho.
São pessoas que nunca vão
ver a cor do 13º salário, do seguro-desemprego, do FGTS, das férias, do
descanso semanal remunerado, da licença-maternidade, dos pisos salariais e da
aposentadoria, entre outras conquistas históricas.
Além desta informalidade,
muitas empresas têm utilizado a prática de transformar o trabalhador em pessoa
jurídica (PJ) para enfraquecer o movimento sindical e não pagar direitos
trabalhistas. É mais uma forma de precarização e de flexibilização das relações
de trabalho que só prejuízos trazem para a classe trabalhadora e para o País.
O problema também atinge
nossa categoria?
Com certeza, sim! Além do
sério problema das clandestinas, há empresas que não registram seus
trabalhadores na Carteira de Trabalho ou, quando registram, fazem isto de forma
incorreta. Um dos motivos alegado são os encargos sociais. Desculpa
esfarrapada! O setor de panificação é formado em sua maioria por pequenas
empresas que, por sua vez, já são beneficiadas pelo Simples - responsável pela
diminuição da carga tributária. Não há, portanto, razão para dizer que os
direitos dos trabalhadores impedem o crescimento produtivo.
Lute pelo seu salário real
na Carteira de Trabalho.
Não aceite registrar seu
salário menor do que o valor que realmente você recebe mensalmente. Se você
aceitar, o depósito do seu Fundo de Garantia (FGTS) também será menor, assim
como menor será a multa do FGTS nos momentos de rescisão profissional com a
empresa. Um exemplo: para quem está registrado com R$ 1.000,00 o depósito
mensal do FGTS é de R$ 80,00. Se o trabalhador aceitar ser registrado, por
exemplo, ganhando apenas R$ 620,60, o depósito será de apenas R$ 49,64. Em caso
de benefício do INSS, o trabalhador receberá tendo como base o pelo valor
registrado em Carteira de Trabalho. Fique de olho!
FIOL: secretário Rui Costa defende pátio intermodal da ferrovia em Jequié.
Justiça seja feita ao Secretário Casa Civil da Bahia, Rui Costa.
Ele merece o respeito e todo apoio do povo de Jequié. Nesta quarta-feira
(14/08), o mesmo defendeu a construção de um Pátio INTERMODAL na cidade de
Jequié. Isso vem confirmar a nossa defesa de muito tempo atrás. Através desta
tribuna, eu sugeri que fosse construído em Jequié um Pátio de Multimodais
(Intermodais) e dei as justificativas para fundamentar o pleito.
Apesar da falta de ação do Ministro dos Transportes Sr. Cesar
Borges, que tem fortes ligações com a cidade de onde é originária toda sua
família, o Secretário saiu na frente e defende a construção deste Pátio ou CD
na cidade. Tenho muitas restrições politicas ao Secretário, apesar de ter
fortes ligações com o PT – Partido dos Trabalhadores -, mas não posso deixar de
render minhas homenagens pelo seu ato.
A Bola foi lançada. Compete agora aos políticos de Jequié correr
para o ataque e aproveitar a predisposição do Secretário Rui Costa, juntando-se
ao mesmo na efetivação deste projeto que é muito importante para a cidade e
região. Jequié está numa posição geográfica estratégica da FIOL e não pode ser
apenas um corredor de passagem da ferrovia. Com esse projeto, todo entorno do
Bairro da Cidade Nova será resgatado, voltando a ter o movimento que tinha nos
anos 70/80.
É bom lembrar que este é o momento adequado para a busca e
prática deste projeto, uma vez que temos o Ministro dos Transportes Baiano e o
Secretário na defesa do mesmo. Jequié há muito tempo necessita de uma grande
obra, para sair da eterna condição do “já teve” e passar a condição do “agora
tem”. Lembro ao nobre Secretário que para o sucesso do Projeto será necessário
a readequação do Aeroporto Vicente Grillo ou a construção de um novo em local
mais adequado. A Cidade Nova tem terreno e posição estratégica para a
construção de um novo aeroporto ou até mesmo a construção na Região de
Jaguaquara como tem sido veiculada.
Agradeço ao Secretário Rui Costa e firmo o proposito de lutar
através desta tribuna para a concretização deste projeto na minha amada terra.
Convoco de pronto nosso amigo Celso Argolo (PCdoB) para que o mesmo busque os
apoios necessários para lutar por esta bandeira. Todo jequieense precisa
abraçar esta causa.
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Educadores decidem pela suspensão da greve em Jequié
A Prefeitura Municipal de Jequié assinou, na última quinta-feira (8), o
Termo de Acordo que configura o fim do movimento grevista que teve a duração de
27 dias corridos. Após mais uma longa rodada de negociação, no período da manhã
com a APLB Sindicato e Executivo Municipal, o acordo pôde ser apreciado e
aprovado pela categoria em assembleia.
Com a reafirmação da
proposta, a diretoria da APLB reuniu-se novamente com o governo para buscar o
fechamento do Acordo. A Assinatura do Termo aconteceu na Sede da Prefeitura,
onde estiveram presentes o Comando de greve, a diretoria da APLB, os vereadores
Neto da Água e João Cunha, dirigente da CTB, Celso Argolo, a Secretária
Municipal de Educação, Rita Barreto, a Presidente do Conselho Municipal de
Educação - CME, Vitória Brandão, além da Prefeita, Dra Tânia Brito e o
Procurador Geral do Município Dr. Marcos Neves.
Durante
a assinatura, a diretora da APLB Sindicato, Caroline Moraes, deixou claro que a
categoria suspendeu a greve, mas que esta irá se manter mobilizada, acompanhará
o cumprimento do Acordo e lutará por melhorias na qualidade da Educação do Município:
“por entender a difícil situação que a Prefeitura enfrenta nesse momento, os
Trabalhadores abriram mão do retroativo de janeiro a julho de 2012 e aceitaram
o percentual do Piso Salarial do Magistério de forma parcelada, mas se o acordo
não for cumprido, em qualquer circunstância, a categoria fará uma agenda de
mobilizações e tampouco iniciará o ano letivo de 2014”, destacou.
A diretora disse
também que em uma greve há muitas divergências e que estas ajudam no
amadurecimento tanto do trabalhador como do governo: “Queremos dialogar com o
governo municipal, queremos mais transparência! Nós, da APLB, vamos sempre nos
manter comprometidos com a melhoria da Educação no nosso Município”, concluiu
Caroline. Ela também agradeceu o empenho dos vereadores em acompanhar de perto
a negociação da APLB com o Governo Municipal.
Na
sexta-feira (09), em assembleia na Casa da Cultura Pacífico Ribeiro, a
categoria decidiu pelo retorno às aulas a partir do dia 12/08 (segunda-feira),
mas ainda em estado de mobilização.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
A AUSÊNCIA DO NEGRO NA PROGRAMAÇÃO DA TELEVISÃO BRASILEIRA.
A ausência do negro na programação da televisão
brasileira é impressionante. É certo que este não é um dado novo, muito menos
algo que tem chamado a atenção dos telespectadores mais assíduos. Contudo,
penso que uma reflexão acerca do assunto, pode contribuir para entendermos
melhor os fatores históricos que vem corroborando com essa discriminação. É
obvio que não tenho a pretensão de dar cabo de tema tão complexo nas
pouquíssimas linhas que se seguem, ainda sim, acredito que a coerência das
ideias aqui expostas, possa lançar alguma luz nas leituras quase sempre
deturpadas que são feitas sobre o assunto.
Para inicio de conversa, poderíamos citar a ausência do negro em outros espaços socialmente representativos. Dizer que apenas 2% dos alunos da USP são negros pode parecer tão espantoso quanto afirmar que menos de 2% dos médicos e pouco mais de 1% dos juristas deste país são afro-descendentes. Sendo um pouco mais persuasivo, indago o caro leitor: quantos advogados negros você conhece? Quantos grandes empresários? Arquitetos? Engenheiros? Psicólogos? Fisioterapeutas? Desculpe-me leitor, não era a minha intenção constrange-lo, mas precisamos concordar: só uma arguição mais empírica é capaz de tornar a nossa análise mais coerente, nos salvando, assim, do típico estereótipo do negro que vê racismo em tudo.
Em contraponto as indagações feitas no parágrafo anterior, pergunto agora: qual a raça/etnia predominante entre os nossos garis? Entre as nossas domésticas? Entre os trabalhadores dos chamados serviços gerais, que atuam no comércio e nas grandes fábricas? Qual a cor da pele de quem serve o cafezinho? De quem lava o chão? Por fim, não que isso tenha alguma relação, mas qual é mesmo a cor da pele da maioria das pessoas que compõe a população carcerária no Brasil? Como explicamos isso? Coincidência? Destino? Não. Isso tem outro nome. Mas qual é mesmo? Uma coisa é certa, o preconceito sempre foi útil para estabelecer e sustentar hierarquias, ainda sim, parece não ser suficiente, é preciso elaborar outros mecanismos simbólicos, que sirvam aos interesses daqueles que, por conveniência, defendem a segregação entre as raças.
Voltando ao tema central deste artigo, ou seja, a ausência do negro na programação da televisão brasileira, algo que pode ser facilmente constatado por qualquer pessoa. Notamos que essa realidade está vinculada ao ideário de que o negro representa o feio, o maléfico ou incompetente. No Brasil, o negro ainda aparece estigmatizado, depreciado, desumanizado, adjetivado pejorativamente, ligado a figuras demoníacas. Não obstante, é natural que sobre essa égide, não venhamos a ser considerados como modelos adequados para a indústria do marketing. É natural também que a única novela da história da teledramaturgia brasileira, que teve uma negra como protagonista, tinha o titulo de “Da Cor do Pecado” imputando aí, outro estigma: o da lascívia.
Na Novela “Viver Vida” de Manoel Carlos, Thais Araujo, a protagonista em questão, em uma sena vergonhosa, precisou demonstrar a sua submissão racial, ao pedir desculpas de joelhos após levar um tapa no rosto da personagem interpretada por Lilia Cabral. É inegável que volta e meia as novelas brasileiras de maior audiência e anúncios publicitários se tornam veículos de reprodução de valores racistas contra o negro brasileiro. Na novela Pátria Minha, da Rede Globo, escrita por Gilberto Braga, em outra cena patética, um dos personagens centrais da trama, ao desconfiar que o jardineiro negro de sua casa tivesse lhe roubado, desabafa: “negro safado”, “crioulo” “negro insolente”, e o que é pior, mostrou o negro como um ser incapaz de reagir às ofensas, como alguém que não tem consciência, ou auto-estima.
O fato é que a questão racial é representada como um problema ou uma doença dos negros, o que é, evidentemente, falso e ideológico. Nessa relação dual entre negros e brancos, ver-se um grupo como perdedor e o outro como vencedor. O silêncio suspeito de um grupo que pratica a violência étnico/racial e que dela se beneficia, seja simbólica ou concretamente, a estigmatização do outro. Mais recentemente, Boris Casoy, um dos mais bem pagos jornalistas desse país, destilou toda sua fúria contra um grupo de garis da cidade de São Paulo que tinham, educadamente, a convite de seu próprio jornal, desejado um feliz natal a todos os brasileiros.
Em outra oportunidade, a atriz global Daniele Suzuki, depois de fazer uma viagem a uma cidadezinha do interior do sul do Brasil, teceu o seguinte comentário no programa do Faustão: “Você precisar vê, o lugar é lindo! Tem muita gente bonita, todas branquinhas, mas também né... são na sua maioria descendentes de europeus”. Afirmando assim, a ideia do europeu que transformou o não europeu em um ser diferente, ameaçador ao outro. O preconceito passa a ser um sentimento e um pensamento de simplificação da complexidade que se manifesta no outro. Esses mecanismos silenciam as desigualdades dos direitos sociais, e iniciam uma exclusão perversa em âmbitos da vida social, como na escola, na família, na saúde, na cultura e nas relações sociais de onde derivam muitos dos sofrimentos experimentados individualmente.
Assim sendo, podemos afirmar que o ponto de vista que prevalece na imprensa brasileira é o ponto de vista de quem goza de poderes na sociedade atual, e culpabiliza a vitima da opressão. A verdade é que se retirarmos o som de nossa televisão, deixando apenas a exibição das imagens e convidarmos um telespectador inglês para assisti-la, ele ainda terá a nítida impressão que estará na Europa. O espaço ocupado pelo negro na televisão do nosso país é tão ínfimo que chegar a ser difícil de notar. Ainda assim, todas as ações movidas pelos movimentos negros em repudio as posturas racistas da televisão brasileira, são tachadas de coercitivas à criatividade artística, como se o desrespeito e o racismo fossem mecanismo imprescindíveis para concepção de uma obra de arte.
Pois então... Se o negro é alijado dos espaços sociais mais representativos, por qual razão haveria de se fazer presente na programação da televisão brasileira? Esta parece ser uma questão de causa e consequência, não acha? Pense em todos os telejornais, nos programas de auditório, nos programas esportivos, nos de entrevistas e nos reality shows. Pense, sobretudo, nos comerciais que você já assistiu na vida e tente identificar quantos negros estavam presentes. Pense nos super-heróis dos desenhos animados, nas apresentadoras de programas infantis e em todos os demais segmentos da programação da televisão brasileira que você perceberá que o titulo deste artigo é tão óbvio que parece ser desnecessário.
Para inicio de conversa, poderíamos citar a ausência do negro em outros espaços socialmente representativos. Dizer que apenas 2% dos alunos da USP são negros pode parecer tão espantoso quanto afirmar que menos de 2% dos médicos e pouco mais de 1% dos juristas deste país são afro-descendentes. Sendo um pouco mais persuasivo, indago o caro leitor: quantos advogados negros você conhece? Quantos grandes empresários? Arquitetos? Engenheiros? Psicólogos? Fisioterapeutas? Desculpe-me leitor, não era a minha intenção constrange-lo, mas precisamos concordar: só uma arguição mais empírica é capaz de tornar a nossa análise mais coerente, nos salvando, assim, do típico estereótipo do negro que vê racismo em tudo.
Em contraponto as indagações feitas no parágrafo anterior, pergunto agora: qual a raça/etnia predominante entre os nossos garis? Entre as nossas domésticas? Entre os trabalhadores dos chamados serviços gerais, que atuam no comércio e nas grandes fábricas? Qual a cor da pele de quem serve o cafezinho? De quem lava o chão? Por fim, não que isso tenha alguma relação, mas qual é mesmo a cor da pele da maioria das pessoas que compõe a população carcerária no Brasil? Como explicamos isso? Coincidência? Destino? Não. Isso tem outro nome. Mas qual é mesmo? Uma coisa é certa, o preconceito sempre foi útil para estabelecer e sustentar hierarquias, ainda sim, parece não ser suficiente, é preciso elaborar outros mecanismos simbólicos, que sirvam aos interesses daqueles que, por conveniência, defendem a segregação entre as raças.
Voltando ao tema central deste artigo, ou seja, a ausência do negro na programação da televisão brasileira, algo que pode ser facilmente constatado por qualquer pessoa. Notamos que essa realidade está vinculada ao ideário de que o negro representa o feio, o maléfico ou incompetente. No Brasil, o negro ainda aparece estigmatizado, depreciado, desumanizado, adjetivado pejorativamente, ligado a figuras demoníacas. Não obstante, é natural que sobre essa égide, não venhamos a ser considerados como modelos adequados para a indústria do marketing. É natural também que a única novela da história da teledramaturgia brasileira, que teve uma negra como protagonista, tinha o titulo de “Da Cor do Pecado” imputando aí, outro estigma: o da lascívia.
Na Novela “Viver Vida” de Manoel Carlos, Thais Araujo, a protagonista em questão, em uma sena vergonhosa, precisou demonstrar a sua submissão racial, ao pedir desculpas de joelhos após levar um tapa no rosto da personagem interpretada por Lilia Cabral. É inegável que volta e meia as novelas brasileiras de maior audiência e anúncios publicitários se tornam veículos de reprodução de valores racistas contra o negro brasileiro. Na novela Pátria Minha, da Rede Globo, escrita por Gilberto Braga, em outra cena patética, um dos personagens centrais da trama, ao desconfiar que o jardineiro negro de sua casa tivesse lhe roubado, desabafa: “negro safado”, “crioulo” “negro insolente”, e o que é pior, mostrou o negro como um ser incapaz de reagir às ofensas, como alguém que não tem consciência, ou auto-estima.
O fato é que a questão racial é representada como um problema ou uma doença dos negros, o que é, evidentemente, falso e ideológico. Nessa relação dual entre negros e brancos, ver-se um grupo como perdedor e o outro como vencedor. O silêncio suspeito de um grupo que pratica a violência étnico/racial e que dela se beneficia, seja simbólica ou concretamente, a estigmatização do outro. Mais recentemente, Boris Casoy, um dos mais bem pagos jornalistas desse país, destilou toda sua fúria contra um grupo de garis da cidade de São Paulo que tinham, educadamente, a convite de seu próprio jornal, desejado um feliz natal a todos os brasileiros.
Em outra oportunidade, a atriz global Daniele Suzuki, depois de fazer uma viagem a uma cidadezinha do interior do sul do Brasil, teceu o seguinte comentário no programa do Faustão: “Você precisar vê, o lugar é lindo! Tem muita gente bonita, todas branquinhas, mas também né... são na sua maioria descendentes de europeus”. Afirmando assim, a ideia do europeu que transformou o não europeu em um ser diferente, ameaçador ao outro. O preconceito passa a ser um sentimento e um pensamento de simplificação da complexidade que se manifesta no outro. Esses mecanismos silenciam as desigualdades dos direitos sociais, e iniciam uma exclusão perversa em âmbitos da vida social, como na escola, na família, na saúde, na cultura e nas relações sociais de onde derivam muitos dos sofrimentos experimentados individualmente.
Assim sendo, podemos afirmar que o ponto de vista que prevalece na imprensa brasileira é o ponto de vista de quem goza de poderes na sociedade atual, e culpabiliza a vitima da opressão. A verdade é que se retirarmos o som de nossa televisão, deixando apenas a exibição das imagens e convidarmos um telespectador inglês para assisti-la, ele ainda terá a nítida impressão que estará na Europa. O espaço ocupado pelo negro na televisão do nosso país é tão ínfimo que chegar a ser difícil de notar. Ainda assim, todas as ações movidas pelos movimentos negros em repudio as posturas racistas da televisão brasileira, são tachadas de coercitivas à criatividade artística, como se o desrespeito e o racismo fossem mecanismo imprescindíveis para concepção de uma obra de arte.
Pois então... Se o negro é alijado dos espaços sociais mais representativos, por qual razão haveria de se fazer presente na programação da televisão brasileira? Esta parece ser uma questão de causa e consequência, não acha? Pense em todos os telejornais, nos programas de auditório, nos programas esportivos, nos de entrevistas e nos reality shows. Pense, sobretudo, nos comerciais que você já assistiu na vida e tente identificar quantos negros estavam presentes. Pense nos super-heróis dos desenhos animados, nas apresentadoras de programas infantis e em todos os demais segmentos da programação da televisão brasileira que você perceberá que o titulo deste artigo é tão óbvio que parece ser desnecessário.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
FECHADO ACORDO COLETIVO.
Abaixo os valores fechados
em acordo coletivo realizado com a Associação dos Panificadores de Jequié, no
último dia (06/08/2013), em reunião realizada na sede da Associação Industrial e Comercial de Jequié Ainda que nossos objetivos fossem bem maiores,
consideramos que o presente representa um significativo avanço na política salarial da nossa categoria.
Mareiro, padeiro, forneiro e confeiteiro -
salário mensal: R$. 850,00
Ajudante de maceiro, padeiro e forneiro - salário mensal: R$. 740,00
Atendente de Balcão e Caixa - salário mensal: R$. 700,00
Administração - salário mensal: R$. 740,00
Salientado que o padeiro, o forneiro e o maceiro receberam o
adicional de insalubridade de 20% sobre o salário base.
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Reunião.
Acontecerá
no próximo dia (06/08/2013), a partir das 10h00min, na sede da Associação
Comercial e Industrial de Jequié, uma importante reunião entre a direção do SINDIPAN e membros da Associação dos Panificadores Municipais de Jequié e Região. Em pauta: o fechamento do acordo coletivo da
categoria. Esperamos que desta feita, possamos contar com a sensibilidade da
classe patronal que precisa reconhecer os direitos dos trabalhadores e possibilitar,
aos mesmos, uma melhor condição de trabalho.
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Desrespeito em limite
Membros
da direção do SINDIPAN estiveram na
tarde ontem (31/07/2013), na sede da empresa de
alimentos Gameleira, para realizar
uma reunião com os trabalhadores da mesma. Contudo, para nossa surpresa, a
reunião que tinha sido agenda por meio de oficio encaminhado no último dia
(23/07/2013), não aconteceu. Infelizmente, os trabalhadores da Gameleira não foram liberados para participar da reunião. Temos consciência que hoje em dia há várias faces da exploração do trabalhador. Hoje um
profissional tem muito mais deveres que direitos, e muitas instituições e
empresas negam esses direitos. A falta de segurança no exercício
profissional, cargas horárias
excessivas de trabalho, assedio
moral são problemas que só
costumam chegar até nós no final da cadeia, quando a pessoa já sofreu um
acidente de trabalho ou alguma doença ocupacional. Por isso é importante que
nós prestemos as orientações necessárias. Caso a pessoa trabalhe em um local
que não cumpre seus direitos, podemos esclarecer e orientar para que a pessoa
tenha seus direitos resguardados. Entretanto, alguns patrões, munidos da mais
cruel insensibilidade, ainda insistem em desrespeitar as leis e o estado democrático de direito.
Taxa de desemprego no país recua para 10,9% em junho
A
taxa de desemprego recuou em junho, passando de 11,2% em maio para 10,9% da
População Economicamente Ativa (PEA) no conjunto das sete regiões
metropolitanas pesquisadas pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados
(Seade) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese). A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta
quarta-feira (31), estima o contingente de desempregados em 2,4 milhões de
pessoas.
Houve diminuição em Belo Horizonte, com taxa atingindo 6,7% em
junho ante 7,4% no mês anterior. Também foi registrado decréscimo em Salvador
(de 19,7% para 19,1%) e no Recife (12,9% para 12,5%). Já nas demais regiões,
Distrito Federal, Fortaleza, Porto Alegre e São Paulo houve estabilidade.O
nível de ocupação teve aumento de 0,4%, com um saldo de 71 mil vagas, número
acima da quantidade de pessoas que passaram a disputar os postos de trabalho
(22 mil). Além disso, 48 mil pessoas desistiram de concorrer no mercado de
trabalho.
A indústria de transformação foi o setor que mais contratou no
período, com uma ampliação de 0,9% no nível de emprego e 24 mil admissões. Já
no comércio, houve aumento de 0,6% e saldo de 21 mil empregos. Na construção,
as ofertas atingiram 5 mil postos de trabalho, acréscimo de 0,3% em relação a
maio. No setor de serviços, com a mesma taxa de variação (0,3%), ocorreram mais
31 mil vagas.
Tanto o rendimento médio dos ocupados como o dos assalariados
tiveram um crescimento em maio de 0,7%, passando de R$ 1.608 para R$
1.655.Assim como o Dieese e a Fundação Seade, o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) divulga levantamento mensal sobre o desemprego
no país. No entanto, as taxas apresentadas nas duas pesquisas costumam ser diferentes
devido aos conceitos e metodologias usados.
Entre as diferenças está o conjunto de regiões pesquisadas. A
PED, feita pelo Dieese e
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